Dra. Janine Araújo explica a diferença entre a maquiagem e os dermocosméticos
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De acordo com a médica dermatologista, Dra. Janine Araújo, as maquiagens atingem a camada mais superficial da pele e não podem ser consideradas como tratamento
Na última semana, alguns debates sobre produtos lançados por influenciadores têm tomado as redes sociais. Algumas prometem proteção solar e durabilidade; outras divulgam ser hidratantes, ter ação calmante e fortalecer a barreira natural da pele. Os questionamentos giram em torno de saber se uma base pode mesmo oferecer todos esses benefícios, somados à sua função original, que é estruturar a maquiagem.
Porém, não devem ser criadas muitas expectativas com um produto singular que não é de uso contínuo, afirma a médica dermatologista Dra. Janine Araújo. Ela reforça que nada substitui uma rotina geral de cuidados com a pele, como a limpeza, hidratação e tratamento com os produtos corretos. A especialista pontua que tudo depende dos ativos que compõem o produto. A médica ainda explica quando uma base pode ser considerada um dermocosmético.
“Dermocosméticos são produtos que visam o cuidado com a pele devido às substâncias e ativos que o compõem. Eles podem ser usados para o tratamento de queixas dermatológicas, como acne, manchas de pele e rugas finas, quando utilizados de forma corriqueira. Dessa forma, o nicho de maquiagem não pode ser considerado um dermocosmético, pois a sua função é somente minimizar imperfeições e uniformizar a pele. Já dermocosméticos corretos para cada tipo de pele podem, além de tratar, trazem um aspecto mais saudável”, explica a dermatologista.
A Dra. Janine Araújo frisa ainda que as maquiagens só atingem a camada mais superficial da pele, por isso, não podem ser consideradas como um tratamento. Os dermocosméticos têm a capacidade de atingir as camadas mais profundas da pele, o que ocasiona o tratamento e regeneração das células ativas. Porém, ainda de acordo com a especialista, atualmente existem no mercado filtros solares com cor que, além da função de proteção dos raios UV, podem substituir o uso das bases convencionais.
“Para escolher a base correta para o rosto é importante analisar a indicação do tipo de pele. As mistas e oleosas necessitam do uso de produtos com efeitos mattes e secos, para o controle do brilho. Já as peles secas, necessitam de produtos com propriedades hidratantes. Quanto à cor, deve sempre ser testada na linha do maxilar, entre a face e o pescoço, jamais nas mãos, pois a tonalidade do corpo é diferente da tonalidade do rosto”, conclui.