O que é vitiligo? Entenda o caso de Natália Deodato, finalista do reality “A Grande Conquista”
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Médico dermatologista Francisco Assis explica aspectos fundamentais sobre a condição que afeta mais de um milhão de brasileiros
A ex-BBB Natalia Deodato, que na noite desta quinta-feira, conquistou a terceira colocação no reality show “A Grande Conquista”, da Record, teve em sua trajetória no programa, conversas sobre questões relacionadas ao seu vitiligo, situações que pontuaram debates nas redes sociais, onde muitos internautas demonstraram pouco conhecimento sobre essa condição que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), afeta mais de um milhão de brasileiros.
Para esclarecer essas dúvidas, o médico dermatologista Francisco Assis explica alguns dos aspectos fundamentais da condição: “O vitiligo é uma doença de pele caracterizada pela perda de coloração em certas áreas do corpo”, esclarece o especialista. “Essa descoloração acontece devido à destruição das células produtoras de melanina, conhecidas como melanócitos. Embora a causa exata do vitiligo ainda não seja totalmente conhecida, acredita-se que fatores genéticos e autoimunes estejam envolvidos”, acrescenta.
É importante destacar que os problemas relacionados ao vitiligo vão além da condição dermatológica, podendo afetar significativamente a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes. Por isso, o médico ressalta a importância de oferecer apoio psicológico e tratamento adequado às pessoas que convivem com essa condição.
Ele destaca também alguns mitos comuns relacionados ao vitiligo e deixa claro que não se trata de uma doença contagiosa ou associada a qualquer forma de negligência ou falta de higiene por parte do paciente: “O vitiligo não é transmitido de pessoa para pessoa e não é resultado de falta de cuidados com a pele. É importante compreender que é uma condição médica que requer atenção especializada e não discriminação”, explica.
Quanto ao tratamento, o dermatologista afirma que não existe uma solução única para todos os casos: “Cada situação é única, e o tratamento do vitiligo depende de diversos fatores, como a extensão das lesões e a resposta individual ao tratamento”, disse. Entre as opções disponíveis, o especialista destaca os métodos de terapias tópicas, fototerapia, tratamentos com laser e, em casos mais avançados, o transplante de melanócitos. No entanto, ele enfatiza que o principal objetivo dos tratamentos é controlar o avanço da doença e melhorar a pigmentação das áreas afetadas.
O dermatologista ressalta a importância da compreensão e empatia em relação ao vitiligo e a todas as doenças dermatológicas. “É fundamental que a sociedade se informe e se sensibilize para entender que as diferenças físicas não definem uma pessoa, e todos devemos ser tratados com respeito e dignidade, independentemente de qualquer coisa”, conclui.