Mesmo protetor solar para o corpo e rosto? Dermatologista explica
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O verão estende-se até o mês de março, trazendo consigo dias ensolarados e uma dúvida frequente: é possível utilizar o mesmo protetor solar para o corpo e o rosto? Com aproximadamente 15 anos de experiência, a dermatologista Naiana Sá esclarece que sim, é viável, desde que o produto escolhido seja apropriado para ambas as áreas.
De acordo com a especialista, a seleção do protetor solar deve considerar elementos como o tipo de pele e as condições climáticas. Naiana destaca a importância de escolher um protetor solar de amplo espectro, com um fator de proteção solar (FPS) adequado ao tipo de pele, sendo no mínimo 30.
A dermatologista ainda explica que a pele do rosto é mais sensível e constantemente exposta aos raios solares, tornando essencial a aplicação regular de protetor solar nessa região ao longo do ano. Naiana enfatiza que a escolha do produto deve considerar a textura mais adequada para o rosto, como loções ou géis, que são absorvidos com maior facilidade e não obstruem os poros. Além disso, ela ressalta que atualmente já é possível encontrar produtos com essas características para o corpo todo.
Conscientização sobre a exposição solar
Para uma exposição ao sol consciente, Naiana destaca a importância de evitar os horários de pico solar, que ocorrem entre 10h e 16h. Recomenda-se a escolha de roupas leves, o uso de chapéus e óculos de sol. Além disso, buscar sombras e evitar exposições prolongadas são medidas essenciais.
Câncer de pele e a relevância do protetor solar
O câncer de pele, com mais de 175 mil novos casos anuais, tornou-se o mais incidente no Brasil, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Estima-se que 1 em cada 4 casos de câncer diagnosticados tenha origem na pele ou mucosas. Portanto, Naiana destaca que o uso regular de protetor solar durante todo o ano é crucial para prevenir essa doença, visto que a exposição desprotegida aos raios UV representa um significativo fator de risco.
Envelhecimento precoce e exposição desprotegida
Além do câncer de pele, a exposição solar sem proteção adequada pode acelerar o envelhecimento da pele. Os raios UV podem danificar o colágeno e elastina, resultando em rugas e manchas. O uso consistente de protetor solar não apenas protege contra danos solares imediatos, mas também desempenha um papel crucial na prevenção do envelhecimento precoce.
Mito da vitamina D
Naiana esclarece que, embora a exposição solar seja uma fonte importante de vitamina D, vital para a saúde óssea e imunológica, o uso de protetor solar não anula completamente essa absorção. O protetor solar é formulado para filtrar os raios UVB, responsáveis pela síntese de vitamina D na pele, mas não os bloqueia integralmente. “A exposição moderada ao sol, mesmo com protetor solar, ainda permite a produção de vitamina D, enquanto protege contra danos mais graves causados pelos raios ultravioleta”, explica.
Assim, a utilização regular de protetor solar não deve ser encarada como uma barreira para a absorção de vitamina D. Pelo contrário, representa uma medida preventiva essencial contra danos à pele, como queimaduras solares, envelhecimento precoce e, especialmente, o risco de câncer de pele.
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